Uma técnica computadorizada de rastreamento pelo olhar, chamada de eye- tracking, é uma das ferramentas tecnológicas adotadas nos últimos anos pelos profissionais para auxiliar no diagnóstico do autista.
“O equipamento vai captar para onde a criança está olhando, qual é a preferência dela. Uma criança neurotípica, já muito pequenininha, tem uma preferência por cenas biológicas, humanas e de interação enquanto as crianças com TEA, por exemplo, têm uma preferência para quadros geométricos, fractais e movimentos claros e repetitivos”.
Segundo a psiquiatra Daniela Bordini3 , coordenadora do ambulatório de autismo da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a apresentação clínica do TEA é diversa.
“Cada indivíduo tem suas peculiaridades, tanto de dificuldades como de potencialidades e as alterações do neurodesenvolvimento se dão muito precocemente”, explica. “Hoje especialistas na área conseguem identificar quadros mais clássicos por volta de um ano a um ano e meio, com sinais e sintomas suficientes para dar um diagnóstico”, completa.